Conto - Intimidade a três

Fiquei duas semanas de luto depois de descobrir a traição do meu namorado de longa data. Era horrível, porque eu estava morando numa republica, o único espaço só meu era o quarto. Eu estava com saudade da minha cidade que deixei para cursar a UERJ. Naquele momento eu só queria era o aconchego da minha família.

Depois dessas duas semanas decidi expulsar a tristeza a qualquer custo. Tinha uma boate underground em Botafogo que eu estava com saudade. Era um lugar pequeno que lembrava meus primeiros meses no Rio. Só quem estava disponível era um semi amigo. Fui na casa dele fazer a pré, porque as pessoas que moravam comigo na república odiavam ele. Fizemos uns shots, colocamos uma música, e aos poucos fomos integrando e esquecendo que estávamos nos usando em troca de companhia na noite.

Do alto dos meus 1,80 metros e de um corpo atlético, a vodka que entrou na cabeça me deixou tão confiante que Narciso teria inveja. Depois de toda tristeza, eu estava disposto a experimentar a boca de cada um dos homens que eu quisesse naquele lugar. Fiquei com tantos ao ponto de perder a conta, mas tiveram dois que levaram tudo a outro nível.

Marcos e André. Eram um pouco mais altos que eu, um meio magrelo e o outro mais parrudo, fiquei com um, depois com outro, depois descobri que eram amigos, e os três ficamos juntos. Além dos beijos, eles me tocavam com tanto desejo e sagacidade que me envolveram rápido demais. Em minutos eu não me importava que eles me dedassem na pista, assim como eles não se importavam com as investidas da minha mão sobre qualquer parte do corpo que me interessasse.

Apesar da intensidade, me separei deles um pouco para dar atenção ao meu amigo, que ao contrário de mim não aguentava mais a festa. Ele resolveu ir embora, e eu fiquei. Não demorou para encontrar Marcos e André novamente. Já eram cinco da manhã, quando Marcos, o magrelo, veio ao meu ouvido me convidar para um motel. Eu disse não ter dinheiro. Eles disseram que não era problema. O motel ficava no mesmo quarteirão, e entramos nós três, a pé, pela porta da frente.

Dentro do quarto começamos a arrancar nossas roupas com toda velocidade. Os beijos deixaram de ser na boca, Eu agia como um pré adolescente desesperado pegando nos paus deles. Enquanto isso André fazia um cunete tão bom que eu me contorcia de prazer, ele ria com ar de malandro, achando graça de mim, sem tirar a cara de lá. Eles arrancavam de mim tanto tesão, como se meu corpo estivesse três vezes mais sensível ao toque deles. Eles exploraram demais minha sensibilidade, dedos e línguas em meus mamilos, no meu cu, na minha orelha, no pau. Me comeram com uma sintonia incrível, me fizeram sentir como redescobrindo o prazer.

Então gozaram e mudaram. Gozaram e o amor acabou. Aprendi num filme, que é impossível comer um homem sem amá-lo, mesmo que seja só naquele exato momento. E eles me amaram demais. Me amaram no exato nível corporal e espiritual daquele momento. E eu recebi todo o amor com entrega, como uma criança. Mas o amor era líquido, encheu duas camisinhas e me deixou saudade. Tomei meu banho com eles, mais alguns beijos, sem culpa minha, sem ressentimento com eles. Fui numa festa boa e tive uma transa incrível  O que mais eu podia esperar de um sábado a noite?

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